segunda-feira, 5 de março de 2018

Deixem-no trabalhar


Sobre a contratação de Passos Coelho não terei muito a dizer. É tão óbvio o interesse em dispor de um ex-primeiro ministro como docente que só por mesquinhez (ou estupidez mesmo) se critica ou reage pejorativamente.
Mas eu tenho por certo – por certíssimo – que fosse qual fosse o destino profissional de Passos Coelho o coro de indignados, de suspeitas, de teorias da conspiração seriam certezas de favorecimento inaceitável (para dizer o mínimo).
Fosse um banco ou instituição financeira (credo!), um escritório de advogados ou consultora (cruzes, credo!), uma empresa de energia ou de construção (cruzes, credo!, outra vez), Passos Coelho e a instituição que o contratasse estariam pela certa sob suspeita.
Com tantos impedimentos éticos, e num quadro de exigência tão estrita, chego a perguntar-me que destino impoluto e insuspeito pode ter no mercado de trabalho um ex-primeiro ministro que não seja rico, que viveu do salário de primeiro ministro e que precise (e queira) legitimamente trabalhar.

#Escritório

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